No universo dos praticantes de Yoga, existe um ditado que diz:”a dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional”.
Isso também se aplica à vida corporativa e ao mundo dos negócios.
A verdade é que, como bons latinos, só valorizamos a vitória. Somente o primeiro lugar é celebrado.
Temos que ser o melhor aluno. O corredor mais rápido. O artilheiro do time. O melhor profissional. O empreendedor do ano! E viva a era da meritocracia.
E o que fazer quando não conseguimos? Quando nem tudo sai como imaginávamos!?
Os clientes desaparecem. A sonhada promoção nunca chega. O casamento acaba. As dívidas aumentam.
Quando somos obrigados a fechar um ciclo e recomeçar.
Pois bem, esta semana, conheci, por meio de uma amiga o Fuck UP Nights. Um movimento global, presente em mais de 80 países e 250 cidades (www.fuckupnigths.com).
Funciona assim: no palco, 3 voluntários que colecionam histórias de insucesso nos negócios e até mesmo na vida, compartilham a experiência com o público.
Na plateia, jovens empreendedores, estudantes e profissionais dos mais variados setores.
Achei a ideia “duca…” Ops, incrível!
Pela primeira vez, vejo um movimento que valoriza o insucesso (não o cultua). Acolhe, compartilha, gera networking e incentiva a ir em frente!
Pode ter sido a escolha do sócio errado, a falta de planejamento, a falta de grana, a falta de experiência (ou excesso de otimismo), a falta de foco ou a falta de amor. Diversos os motivos que nos levam a experimentar o gosto amargo da derrota.
Falar sobre nossos fracassos é exercitar um processo de cura emocional. Nos faz buscar o lado bom da experiência, de ressignificar o passado para só então seguir em frente sem olhar para trás ou para os lados.
Para o público, é uma oportunidade de aprendizado constante, de ver de fato, como é a vida sem filtros.
Já para o ambiente de negócios é extremamente revigorante. Você consegue imaginar o que seria da inovação sem a experimentação?
E não seria o erro a essência do processo de criação? Não são as sequentes tentativas de acertos que possibilitam novas descobertas e atraem mais competidores para o setor?!
E você? Quantas vezes fracassou hoje? Só não erra quem escolhe o caminho convencional. Quem enterra os sonhos pelo medo de dar o próximo passo.
Saia da platéia e, se for o caso, assuma o palco. O importante é não esquecer que o maior erro é achar que a felicidade só existe no sucesso em ser o primeiro.
Pense nisso e tire seus projetos da gaveta.
Por uma trajetória de mais erros que nos levem à um mundo melhor!