Se você exerce algum cargo de liderança, já deve estar familiarizado com temas como superar orçamentos, solucionar problemas e mediar conflitos. Acontece que, durante essa jornada, somos tentados a ir ao front de batalha e liderar pelo exemplo.
O problema da liderança não está em ir para linha de frente, mas sim em esquecer de voltar para liderar!
Mas você já pensou por que temos esse desejo e como evitar cair nessa armadilha?
A resposta é simples: em 99% dos casos, a pessoa promovida vem de um histórico de desempenho bem acima da média na função anterior, ou seja, diante de um desafio onde o time não consegue responder à altura, eu vou até lá mostrar como se faz.
Outro ponto é que frequentemente os gestores acabam não entendendo na essência o significado de servir. Confundem empatia e humildade com o ato de querer passar tudo “mastigado” para os liderados, deixando assim de desenvolvê-los no processo sucessório.
Líder não é para servir e sim para inspirar.
Por isso, é necessário que haja uma transformação pessoal completa rumo à arte em liderar. Os treinamentos nas organizações e o autodesenvolvimento devem estar voltados para competências diferentes daquelas que levaram o colaborador a alcançar a promoção.
Um líder deve ter a capacidade de desenvolver parcerias estratégicas que o ajude a superar os objetivos comuns. Deve saber engajar os liderados por meio de um propósito. Deve visitar os principais clientes para entender como a proposta de valor da empresa está sendo percebida. Um líder deve fazer benchmarking com a concorrência e deve estar sempre com disposição para ouvir, pois somente assim, também será capaz de capturar novas oportunidades de negócios e contribuir com o processo de inovação.
Mas, infelizmente, em boa parte das empresas brasileiras têm reuniões de liderança pautadas por performance. Como vender mais, como ganhar produtividade, como elevar as margens, como ser mais tempestivo… Pode parecer clichê, mas tem muita gente em cargo de liderança que ainda não entendeu (ou esqueceu) que performance é resultado do clima de trabalho, que é quase uma proxy do índice de felicidade do time, e nunca ao contrário.
Lembre-se disso para sua próxima reunião e, antes de sair cobrando resultado, busque entender porque as pessoas fazem o que fazem. Entender o outro é o primeiro passo para estabelecer uma conexão de confiança, porque o que realmente importa é fazer aquilo que te faz feliz!
Boa semana, que ela seja muito produtiva e que não nos falte motivos para sorrir!
