A pandemia causada pela COVID-19 fará com que ninguém termine o ano da mesma forma que começou. E isso vale tanto para pessoas quanto para as empresas!
A barreira imposta pelo distanciamento social não alterou apenas a maneira de comprar e vender, mas também trouxe novas formas de comunicar e de se relacionar. Ferramentas como Whatsapp, Salas no Facebook, Youtube, Skype e Zoom foram integralizadas ainda mais em nosso dia a dia e como resultado dessas mudanças o processo de transformação digital dos modelos de negócios foram incrivelmente acelerados.
Hoje, não importa o tamanho da empresa, do segmento ou da atividade: todos estão desengavetando e priorizando projetos de mobilidade, vendas e comunicação online.
Quer ver um alguns exemplos? As missas estão sendo realizadas de forma virtual. Minha filha de 5 anos frequenta as aulas pelo computador. E hoje já é comum as pessoas celebrarem aniversários e até mesmo o famoso happy hour pelas ferramentas de comunicação online. Colaboradores estão aprendendo a viver com a realidade do home office e as empresas descobriam a solução para incrementar a produtividade. As compras por canais digitais dispararam e muita gente que evitava ou tinha medo da web se viu praticamente obrigada a consumir pela internet.
Só que, para atender esse novo normal, é preciso de novas medidas, o que quase sempre envolve grana para implementação. E é justo aqui que mora o problema: a ausência de uma estratégia permanente voltada para a inovação deixa esse cenário pra lá de desafiador. Alguém ai separa parte do faturamento para novos produtos ou serviços visando trazer novas experiencias ao consumidor?
Quer ver como isso acontece?
Nosso ecossistema empresarial é acostumado a realizar investimentos na medida da geração de caixa, ou seja, todo mundo tem um orçamento para bater, um mercado a conquistar, uma carreira para trilhar e por consequência, colocar dinheiro em modelos futuristas não garante o bônus do ano. Será?
E assim, com uma cultura de negócios focada apenas em alavancar vendas, estamos assistindo setores tradicionais, até então habituados ao modelo de ponto de venda físico (offline), deixarem de lado a necessidade psicológica de operar face to face e redesenhar novas jornadas em busca de capturar novas oportunidades. Por acaso você já notou a quantidade de comercio fechado que sustenta na fachada a informação que esta atendendo por delivery?!
Na verdade, a pandemia deixou a comunidade empresarial em choque, pois já não existe alternativa. É perder o medo e enfrentar o novo ou ficar inerte, esperando para baixar as portas em definitivo.
Diante disso, gerar experiências mais aderentes aos desejos dos clientes tornou-se palavra de ordem e motivo de lives emergenciais que chegam a comprometer o sinal da internet.
Nessa linha, o comerciante se vê obrigado a aprender a vender com as portas fechadas e algumas questões já começam a tirar o sono desses valentes empresários:
O que fazer para merecer ser a primeira escolha do consumidor?
Como implementar processos estruturais que tragam mais eficiência para o negócio e ajudem a suportar esse período de incertezas?
Como tracionar relacionamentos e potencializar conexões com clientes e fornecedores para celebrar alianças estratégicas?
Bom, eu acredito que a resposta para essas e outras indagações esteja na capacidade de tolerância ao erro que nós, exigentes e acelerados consumidores até pouco tempo atrás, passamos a ter diante da “paralisia” econômica causada pelo vírus.
Então, sabe aquela ideia que até pouco tempo atrás parecia maluca? Agora é o exato momento para colocá-la no ar! Como a falta geral de recursos financeiros faz o apetite pelo risco ser menor, o prejuízo em caso de insucesso também é reduzido.
E o resultado disso é o hoje se tornando o momento ideal para inovar, construir parcerias e de testar novos modelos de atendimento.
É importante entender que a sua empresa não precisa de uma transformação muito profunda, não no curto prazo, mas você também não pode deixar de lado o momento e a necessidade de reinventar o seu business para sobreviver.
Talvez a vacina para o coronavírus ainda demore um pouco, mas o antídoto para manter seu empreendimento em pé é repensar a solução que você entrega. Não é sobre qual é a dor do cliente que seu negócio promete resolver, mas sim o que o consumidor topa comprar!
Considere a reconstrução do seu modelo de trabalho, busque desenvolver uma visão de fora para dentro do seu negócio. Use ferramentas que garantam que o time, os processos, os produtos e os serviços compartilhem o propósito de servir ao cliente.
Pense nisso e use a quarentena para ser ainda mais relevante!